terça-feira, 29 de abril de 2014

O retorno...

Sempre me pego ensaiando para voltar, principalmente quando temos acontecimentos inéditos em nossas vidas e pra quem convive com duas crianças esses acontecimentos são bem frequentes, além disso quero que essa seja uma memória para os dois, quem sabe um dia eles terão curiosidade em ler e saber...então estou aqui!
Nossa como a vida mudou nesse último ano, depois da escola integral, o que foi a melhor experiência educativa que tivemos até agora, hoje vivemos um momento novo.
Mas, voltando um pouco, devo dizer que a escola integral não foi prontamente aceita por meus familiares e acredito que não faz muito parte da realidade da maior parte das pessoas com quem convivemos então até entendo a falta de conhecimento e repulsa.
Eu nunca pensei assim, lógico que a principio me senti insegura mas, foi por pouco tempo já que para mim não existe melhor lugar que a escola para eles ficarem o dia todo.
Com pessoas especializadas, sob o olhares de outros, com os amigos, socializando, aprendendo, com regras e muita diversão.
Assim como eu me adaptei ao sistema eles também se adaptaram e nos vivemos felizes!!!
Acabou o ano e descobri que a escola não mais ofereceria o sistema integral para o Enzo, isto é, crianças com 6 ou mais anos.
Muito triste! Cai novamente na obrigação de contratar alguém estranho para ficar com eles e desde o começo do ano esta tem sido a nossa sina!
Catanduva não oferece muitas escolas com o sistema integral e as que oferecem não me deixaram satisfeitas, como não tenho com quem deixa-los enquanto trabalho o jeito foi contratar uma pessoa para ficar com eles.
Só este ano já estamos na terceira.
Para mim, no momento, não existe angustia maior. Me sinto triste e frustrada porque entendo que não posso cobrar comportamentos, regras e rotinas...por mais que eu seja controlada e tenha paciência para passar a elas como eu quero que seja feito com eles, eu não consigo, cada uma faz de um jeito e por assim vai.
Nos preocupamos tanto em ensinar que eles não devem conversar com estranhos, que devem tomar cuidado, mas na real, quem são essas pessoas que estão com eles?
Busco informações, referências, conversamos, mas só isso é o suficiente?
No momento estamos exatamente no meio de uma nova troca e definitivamente eu não gosto mas, também entendo que não tenho outra opção, não existe escola, não existe oportunidade de trabalho meio período, não existe familiar então vou continuar buscando...
Cada vez me torno mais exigente e assim a busca fica mais difícil, de repente dessa forma eu consiga fazer uma boa escolha.
Para eles, o momento não é tão problemático. Percebo que eles aceitam bem as trocas talvez porque não tiveram tempo suficiente para se apegar a alguém mas, por enquanto não esta sendo sofrido.
Em breve passaremos por um novo período de adaptação, espero que dê tudo certo!