sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Desabafo...

Não vou começar o post com algo negativo mas, tenho que dizer que ser mãe de dois sozinha não é fácil!
São em momentos como estes que penso que Deus é muito sábio, pra fazer um filho se precisa de duas pessoas e talvez essa essência exista justamente porque dois é um número legal para se criar um...e aqui as coisas acontecem da maneira inversa, um cria dois.
Se bem que conheço "dois" que criaram 13!
Não é impossível, mas é difícil porque existem tantas outras coisas acontecendo ao mesmo tempo.
Trabalho, casa, filhos, funcionárias, amigos e vida...não existe balanço possível que garanta a atenção merecida para todos de maneira igual.
Existem as prioridades e eles são prioridade sempre! 
As vezes eu ouço que as coisas acontecem assim porque eles ainda são muito pequenos e totalmente dependentes, talvez essa seja uma desculpa legal agora, mas sinceramente, não vai existir um momento que eu acredite que eles vão precisar menos de mim.
Antigamente eu até achei que estava grande o suficiente para seguir a vida sem precisar da ajuda dos meus pais e o destino me mostrou algo diferente. Quando se opta pela maternidade e paternidade você esta se comprometendo com algo para sempre.
Que bom que seja assim...quero mesmo que seja até enquanto eu dure.
Saber de tudo isso, torcer para ser necessária e estar sempre com eles não diminui o fardo, a responsabilidade e muito menos a culpa.
Não imagino a vida de maneira diferente mas poxa vida como é difícil!
É obvio que o que eu vivo não é exclusividade minha, mas nem por isso se torna mais fácil.
Não é porque tenho filhos maravilhosos, que sou realizada profissionalmente, tenho a minha casa, meus pais e um time que me ajuda que eu vou achar que sempre tudo está perfeito.
O positivo e o negativo de tudo existe e eu não consigo deixar de vê-los só porque não tenho problemas, até porque problema pra mim é situação que não existe possibilidade de ser resolvida e graças a DEUS eu não tenho problemas...
Não sou ingrata! Sou real! Vejo, analiso, sinto, canso e vivo...
Esse é o meu desabafo por hoje...sou de carne e osso, mãe, psicologa, filha, irmã, amiga... e tô cansada!!!

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Blogagem Coletiva



A oportunidade de escrever sobre a minha infância foi irresistível...já li vários posts e a saudade aumenta só de relembrar daquele tempo tão bom.
Minha infância em Catanduva foi maravilhosa, morei 14 anos na mesma casa, bem no centro da cidade, nossa única preocupação era brincar...quando penso na minha infância o que me vem a mente em primeiro lugar é a presença da minha avó, afinal foi ela praticamente nos criou já que meus pais trabalhavam e ela morava conosco.
Muitos primos, muitos amigos, piscina, brincadeiras de rua, arte, arvores, bonecas, bicicleta e bagunça.
Não me lembro de brincar muito de casinha, mas esconde esconde e polícia e ladrão eram as melhores...gostava de rua e aquela era uma época que isso não era um problema (não sou tão velha assim, mas não era mesmo!)
Infância tem gosto de leite gelado com chocolate cheio de espuma, bolinho de chuva, pipoca doce, abacatada, esfihas e risoles de carne...tudo feito pela Inês.
O melhor de pensar sobre a minha infância é que hoje com 35 anos eu olho pra trás e tenho o privilégio de ver que a maior parte das pessoas que viveram esse momento tão feliz da minha vida ainda compartilham a vida comigo.
Meus amigos ainda são os mesmos e agora nossos filhos também são amigos.
Quando, no ano passado, resolvi voltar para cá essa foi a primeira coisa que eu pensei...que eu iria proporcionar aos meus filhos uma infância calma, simples e com amigos que lhes seguiriam pela vida.
E é assim que está acontecendo.
Não tive pressa de crescer e essa é a maior prova de como eu fui uma criança feliz!



Autonomia!

As mudanças por aqui não param...Enzo está cada vez mais independente e isso é muito legal e também muito chato. Aprendeu a tirar a roupa sozinho, se trocar o que me da uma super ajuda! Hoje conseguiu calçar a meia e o tenis sozinho e ficou super orgulhoso quando percebeu que tinha feito tudo sozinho.
Por outro lado a nova agora também é escolher as roupas sozinho! Haja paciência, e nesse caso, muita paciência porque aquela roupa que ele escolheu ontem não será a que ele vai escolher amanhã e aí a gente fica na maior briga. Não me importo com cores ou combinação mas não dá pra colocar calça jeans num dia de calor absurdo ou colocar as roupas novas para ir na escola ou brincar!
Minha criatividade está a mil para tentar convencê-lo e ganhar a parada.
Estou de tática nova em relação a isso, escolho duas trocas e entre estas ele pode escolher a que ele quiser...um tanto quanto justo! Pelo menos pra mim...
Giulinha também, alias ela é diferente em tudo desde que nasceu... é com ela que eu posso observar o que é imitação e como ela se desenvolveu rápido tendo o irmão como mestre.
Giulia é uma figura! Muito muito bem humorada...seu bom humor é totalmente proporcional a sua braveza quando contrariada, mas não é sempre assim...é engraçado porque as vezes me pego pensando em como uma pessoa tão engraçada e bem humorada pode ficar tão brava!
Bom perceber que são individuos tão diferentes vivendo exatamente no mesmo lugar e com a mesma criação...quero mesmo que eles tenham personalidade distintas e que sempre façam valer a sua vontade, dentro do possível!
E no meio tempo eu vou pedindo paciência, observando e me deliciando por acompanhar o crescimento e poder perceber que eles estão crescendo...


quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Rapidinha...

Depois de um dia super cansativo mas cheio de brincadeiras e o totalmente voltado para as crianças, fui dar banho no Enzo.
Tirei ele do chuveiro e estava enxugando e dizendo que era a hora de colocar pijama e irmos dormir, foi aí que enquanto eu estava distraída secando seu cabelo, ouço bem baixinho a seguinte pergunta.
"Mamãe você não vai me deixar, não é?"
Senti um aperto no peito, uma falta do que falar...pensei em tantas coisas...
E só consegui abaixar na altura dos seus olhos, olhar bem pra ele e dizer que quem não deveria nunca me deixar era ele, afinal eu não vivia sem ele.
E ganhei um super abraço...
Mais tarde fiquei pensando a respeito, claro que a primeira coisa que me veio a mente é que ele talvez se sentisse assim por causa da separação. Meu segundo pensamento foi...talvez isso seja bobagem e ele estivesse somente se referindo a não dormir sozinho. O terceiro pensamento foi...será que ele pensa que todas as vezes que vou trabalhar ele fica sozinho?
O quarto...vou pensar em outra coisa, se não minha mente culpada de mãe me mata.
O que vamos almoçar amanhã???? Passou...ufa...esqueci...tô tentando, pelo menos.